A Quebra da Bolsa de Nova York em 1929



A fotografia Migrant Mother, uma das fotos americanas mais famosas da década de 1930, mostrando Florence Owens Thompson, mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, em Nipono, Califórnia, março de 1936, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano.

 A Primeira Guerra Mundial deixou a Europa economicamente arruinada e endividada, no período em que durou (1914-1918). Nesta época caíram impérios poderosos, como o czarista da Rússia, sucumbiram economias coloniais poderosas e surgiu uma nova potência mundial, os Estados Unidos da América, com o seu poderio econômico. A Europa devastada, os campos, as indústrias em ruínas, os norte-americanos passaram a suprir de alimentos e produtos industriais para todo o continente. A economia norte-americana cresceu vigorosamente, atingindo uma grande produção entre 1918 e 1928, sendo marcado pela prosperidade, marcando a história com o surgimento de “American Way of Life”, literalmente, o modo de vida americano.

Com um crescente consumismo pela classe média norte-americana, incentivado por facilidades e expansão do crédito, levando a população a mergulhar na ilusão consumista e endividamento. A classe média investiu na economia volátil das bolsas de valores, assim a Europa recupera-se economicamente, a economia americana é seriamente afetada. Nos campos a agricultura produz demasiadamente, nas cidades não havia para quem vender. A oferta passou a ser maior que a demanda, forçando a queda dos preços e da produção, assim formou-se o crescente desemprego, atingindo todos os setores da economia, o período de prosperidade findara, com a retração da economia houve queda das ações da bolsa de valores, com conseqüente colapso.
Com a valorização excessiva e especulativa quanto ao valor real das suas ações, em 24 de outubro de 1929, a Bolsa de Valores de Nova York assiste aos preços das ações caírem dramaticamente, levando à miséria aos milhares de investidores. Chamada de “Quinta-Feira Negra” da economia. O desespero dos investidores levou a venderem ações que não tinha valor algum. Excesso de ações à venda e a falta de compradores levou, em 29 de outubro a ser conhecida por “Terça-Feira Negra” da economia, o crash da Bolsa de Nova York, levando a ruína grandes fortunas e afetando a economia mundial. Durante três anos, o valor das ações na bolsa flutuou, conduzindo a economia norte-americana à depressão econômica, durando até a década seguinte, onde a Europa voltou a mergulhar em uma nova guerra, Outubro negro de 1929, que conduziu ao crash, pondo fim aos sonhos e ao consumo da geração da era do jazz.

As causas que desencadearam essa crise são diversas: 

A interdependência econômica internacional após a primeira guerra mundial, as potências industriais reservavam mercados para obter matérias primas e vender seus produtos manufaturados, os Estado Unidos passou a ser o principal fornecedor dos países aliados, exportando e acelerando o seu crescimento econômico.
A recuperação dos países europeus e a crise da superprodução, a reconstrução da economia européia que no intervalo curto (1918-1924), recupera-se, provocando efeitos negativos diretos na economia norte americana, pois levou a redução de consumo dos produtos, no momento em que a produção estava apresentando crescimento contínuo, levou a crise de superprodução.
Após o período de guerra, os países europeus tiveram grande parte do seu parque industrial, ferrovias e rodovias destruídas, e seus governantes priorizam a recuperação econômica, há necessidade de capital externo, com empréstimos dos Estados Unidos, criando interdependência entre a economia européia e a americana, tornando se a uma das mais poderosas nações industriais do mundo.
A concentração de renda na década de 1920 foi concentrada por grandes banqueiros, negociantes e industriais, os donos da economia, elevando artificialmente os preços dos produtos e baixando salários, reduzindo o consumo da população, ricos mais ricos e pobres cada vez mais pobres.
Redução de consumo por parte Europa força a diminuir a produção e a demitir funcionário, reduz o mercado consumidor, agravando a crise. No período de guerra e pós-guerra, os empresários agrícolas americanos, investem muito em máquinas, equipamentos, insumo e terras, para atender a demanda crescente dos mercados internos e externos, com a reestruturação da Europa, causam queda na procura por produtos agrícolas, os preços caíram significativamente, levando a superprodução e a crise.



Almeida, P. R. A economia Internacional no século XX: um ensaio de sites. Ver. Brás. Política int. vol. 44 no.1 Brasilia janeiro/junho 2001.

Bortoletto, S. E. A Economia Ocidendal no Periodo Pós-Primeira Guerra Mundial
Keynes, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Editora Atlas, 1990. Original, 1936.

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